Michal Kosinski, controverso professor da Universidade Stanford, está de volta. O polonês de 38 anos descreveu em 2013 o uso de curtidas e testes no Facebook para decifrar a personalidade de uma pessoa – a estratégia foi usada posteriormente pela consultoria política Cambridge Analytica (CA) para influenciar a opinião pública em episódios como as eleições americanas de 2016.
Após virar ‘profeta’ de um dos maiores escândalos do Facebook, Kosinski passou a dedicar seus estudos a potenciais perigos à privacidade causados por tecnologias de reconhecimento facial. Nesta segunda, 11, a prestigiada revista científica Nature publicou o novo artigo do pesquisador, no qual afirma ser possível usar reconhecimento facial para detectar a orientação política das pessoas.
No experimento, o algoritmo analisou mais de 1 milhão de fotos de perfis no Facebook e em sites de namoros em três países: EUA, Canadá e Inglaterra. Ao final, a inteligência artificial (IA) teria identificado corretamente a orientação política dessas pessoas em 72% dos casos – seguindo a classificação amplamente utilizada nos EUA, as pessoas estavam divididas em ‘conservadoras’ e ‘libera