BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – Entre eleitores fartos de estarem trancados de um lado e coronavírus mutantes correndo soltos de outro, governos europeus vacilam entre restrições e reaberturas -chegando a anunciar as duas ao mesmo tempo-, enquanto procuram soluções para a pandemia e -também ao mesmo tempo- buscam bodes expiatórios para o caso de as soluções falharem.
As disparidades e contradições têm aparecido nas duas principais estratégias de combate à pandemia: na vacinação e nos confinamentos. A primeira procura proteger rapidamente os mais vulneráveis, para reduzir hospitalizações e mortes. A segunda restringe a circulação -principalmente dos mais novos- para barrar a transmissão e tentar desacelerar o surgimento de variantes, enquanto ganha tempo para imunizar maior parcela da população.
Na vertente anticontágio, “vendo a crista da terceira onda se levantar” à sua frente (como disse na semana passada Ursula von der Leyen, chefe do Executivo da União Europeia), a cada novo aperto ou prorrogação das restrições surgem protestos em que manifestantes -gritando aglomerados- aumentam o risco de transmiss