SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Tudo indica que estamos presos em um pesadelo de Marty McFly em “De Volta para o Futuro” –ou seria passado? Um ano se passou e nos encontramos no mesmo cenário, atravessamos as mesmas datas e as mesmas pedradas. Tão acostumados a dormir e a acordar chocados que o religioso dia mais importante de março –para o rap nacional, claro–, o Djonga Day, em que o rapper lançou um novo álbum, passou e nem fez cócegas.
Disco bom? Sim. As letras são bem trabalhadas, o flow é avançado, álbum digno do rapper mais influente dos últimos anos. A questão é: tudo passou tão rápido que nem parece que já são dois álbuns do cantor em plena pandemia. Há o risco de um deles ser esquecido.
Aparentemente “Nu” veio para mostrar um outro lado do Djonga, o Gustavo Pereira Marques, de 26 anos, que venceu na vida e está cansado da opinião pública. Observação que é destacada logo na capa do disco. Com foto de Jeferson Delgado, a arte da capa mostra a cabeça do rapper sendo servida de bandeja enquanto o fotografam, lhe apontam o dedo e o ofen