SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – “A Bahia tem uma rainha: Iemanjá, a senhora das águas, poderoso orixá do candomblé, sereia de cinco nomes, dona Janaína, Inaê, Yá, Rainha de Aioká. Ela reina sobre esse império das águas. Mãe e esposa de pescadores, seu amor supremo, seu desejo impossível”.
As palavras de Jorge Amado, no guia Bahia de Todos os Santos, revelam a força e a mística de Iemanjá, divindade de religiões de matriz africana que protagoniza uma das principais festas populares da Bahia. Todos os anos, no dia 2 de fevereiro, centenas de milhares de pessoas tomam as ruas de Salvador para saudar a orixá.
Não em 2021. O Dia de Iemanjá foi comemorado com parcimônia na capital baiana em meio à segunda onda da epidemia da Covid-19. Nas praias do Rio Vermelho, principal palco da festa, apenas os pescadores da colônia de pesca do bairro tiveram livre acesso ao