Com o comércio fechado e a população preocupada com o contágio do novo coronavírus no primeiro semestre do ano passado, as editoras e meios de comunicação tiveram de acelerar projetos de conteúdo digital para amenizar os prejuízos. Naquele momento, o temor de contaminação por meio de objetos fez uma série de leitores suspender o recebimento de jornal e deixar de comprar livros impressos pela internet.
Nesse cenário, parte da população aderiu às novas ferramentas disponíveis no mercado, sendo o e-book uma delas. Em alguns casos, a participação do livro digital nas receitas das editoras praticamente dobrou no ano passado, em comparação a 2019. A fatia ainda é pequena diante das vendas do livro em papel, mas o movimento foi importante para o setor.
“No começo da pandemia, havia um medo de receber livros em casa e isso provocou uma migração imediata até junho e julho”, diz o diretor da Globo Livros, Mauro Palermo, que participou ontem do evento MobiEditorial, realizado pela Mobile Time, de forma online. Segundo ele, a partir do segundo semestre a população se acalmou e o movimento diminuiu um pouco. Mas o importante é que houve uma retenção. A participação dos e-books na editora subiu de algo em torno de 6%, em 2019, para 11%, no ano pass