Em uma reação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara manteve ontem a decisão de votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que blinda parlamentares ao limitar situações em que podem ser presos e proibir o afastamento do mandato por ordem judicial. Batizada de “PEC da Blindagem”, a proposta restringe o alcance de decisões do Supremo, como a que determinou a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Antes da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), cobrou respeito à decisão do Legislativo e rejeitou o carimbo de “impunidade” com o qual a PEC foi rotulada.
Lira avisou, ainda, que não aceitará críticas de magistrados ao texto. Nos bastidores, integrantes do Supremo entraram em campo para articular mudanças no texto, mas a versão final ainda enfrenta forte resistência da Corte. “Não vejo onde o Legislativo esteja ofendendo outro Poder. Espero que o STF tenha um posicionamento constitucional firme”, disse