A ameaça da covid-19 não alterou o padrão de infidelidade conjugal seguido antes da quarentena pela designer de moda Mariana*, 37, casada há 17 anos com um profissional de TI (tecnologia da informação). Frequentadora há cinco anos do site Ashley Madison, que agrega 70 milhões de adúlteros do mundo todo, ela mantém uma média de cinco encontros por mês — entre parceiros antigos e novos. “O tesão é maior do que o medo da covid-19”, afirma Mariana, que contraiu o vírus na segunda semana de agosto de 2020. “Não sei quem me passou. Suspeito de um encontro que tive com uma pessoa do site, alguns dias antes de apresentar os primeiros sintomas. Mas pode não ter sido, né?”
Ela conta que os contatos se dão sempre por mensagem de texto, em horário comercial, e os encontros são marcados diretamente em motéis. “Nunca vou a lugares públicos, para não correr o risco de ser vista por conhecidos”, explica….
Mãe de uma menina de 16 anos, Mariana diz que ingressou no site em um momento em que se sentia “solitária”. “Meu marido trabalhava muito, e quando a gente se falava era sempre para tratar de problemas da casa, de escola, do trabalho. Eu sentia falta de conversas diferentes, de elogios, de estímulo sexual.” Apesar de afirmar que o relacionamento dos dois esfriou (“faço sexo com ele por fazer”), Mariana garante que “nunca” vai se separar. “Não tem motivo. Ele é pai da minha filha, a gente se dá bem, levamos uma vida financeiramente estável.” Ela conta que já se apaixonou algumas vezes, mas sabe “separar as coisas”: “Se eu sinto que estou me envolvendo, substituo a pessoa.”
Fonte:- Blog do Paulo Sampaio – Uol