O início do livro “Duna”, escrito por Frank Herbert em 1965, é narrado a partir da visão do jovem e inteligente Paul Atreides, parte da família real que comanda o planeta Arrakis. Diversas intrigas políticas põem em xeque o domínio desse território e de outros, porém, numa gigantesca guerra de famílias. Tudo isso sobre um pano de fundo futurista e distópico.
O quadrinho “Incal” parte da mesma ideia de um mundo futurístico. Segue, no entanto, os passos de John Difool, um detetive particular de quinta categoria considerado um fracassado por todos. A vida dele muda completamente ao encontrar o místico artefato Incal, que dá poderes especiais a quem o possui.
Mas o que as duas histórias têm em comum? Além de partilharem o gênero, da ficção científica, elas também se ligam ao cineasta, escritor, ator, poeta e psicólogo chileno Alejandro Jodorowsky, famoso por filmes como “A Montanha Sagrada” e “El Topo”, que exploram misticismo, surrealismo e o debate sobre a fé –temas que são recorrentes em toda a sua obra, aliás.Isso porque Jodorowsky quis transformar “Duna” em filme muito antes de Denis Villeneuve, diretor à frente da aguardada adaptação do clássico com Timothée Chalamet no elenco e estreia prevista para setembro no Bra